Bom
meninas, estou lendo o livro “FELIZ POR NADA” de Martha Medeiros e me deu
vontade de compartilhar com vocês o texto abaixo. Trarei também outros textos interessantes
desse livro.
Mulheres
ganham salários menores do que os dos homens, e líderes feministas seguem
lutando para reverter essa injustiça. Mas já não sei se é boa idéia continuar
batalhando por igualdade. Depois de ler o resultado de uma recente pesquisa
feita pela Universidade de Harvard, fiquei inclinada a pensar que talvez seja
melhor manter as coisas como estão. A pesquisa chama-se Schooling Can’t Buy Me Love
(Escolaridade não pode me comprar amor) e confirma que mulheres que estudam
mais acabam progredindo e, quanto mais bem-sucedidas, menores as chances de se
casar. Os homens ainda não estão preparados para abrir mão da superioridade que
o papel de provedor lhes confere. E mesmo os mais antenados, que apóiam que
suas mulheres sejam independentes, ficam inseguros se elas tiverem cargos de
chefia e muita visibilidade. Ganhar dinheiro, tudo bem, mas aparecer mais do
que eles já é desaforo.
Beleza.
O que vamos dizer para nossas filhas? Estudem, mas fazer doutorado e mestrado é
exagero, antes um bom curso de culinária. Tenham opiniões próprias quando
conversarem com as amigas, mas em casa digam só “ahã”, para não se incomodar.
Usem seu dinheiro para comprar roupas, pulseiras e esmaltes, esqueçam o investimento
em viagens, teatro e livros. E, na hora de se declararem, troquem o “eu te amo”
por “eu preciso de você”, “eu não sou ninguém sem você”, “eu não valho meio
quilo de alcatra sem você”. Homens querem se sentir necessários. Só amados não
serve.
Que
encrenca que as feministas nos arranjaram. Estimularam o pensamento livre, a
autoestima, a produtividade e a alegria de trilhar um caminho condizente com
nosso potencial. De apêndices dos nossos pais e maridos, passamos a ter um nome
próprio e uma vida própria, e acreditamos que isso seria excelente para todos
os envolvidos, afinal, os sentimentos ficaram mais honestos, e com eles os
relacionamentos. O amor deixou de ser o álibi para um lucrativo arranjo social.
Passou a ser mais espontâneo, e as carências de homens e mulheres foram
unificadas, já que todos precisam uns dos outros para dividir angústias, trocar
carinho, pedir apoio, confessar fraquezas, unir forças no momento das
dificuldades. Todos se precisam da mesma forma, não de formas distintas. Mas há
quem defenda que homem só precisa de paparico e mulher de quem tome conta dela,
ponto e basta.
Nunca imaginei que em
2010 ainda estaria escrevendo sobre isso. Achei que os homens já tivessem
percebido o quanto ganham em ter uma mulher inteira a seu lado, e não um
bibelô. Acreditei que a competitividade tivesse dado lugar a um companheirismo
mais saudável e excitante, onde todos pudessem se orgulhar dos seus avanços e
se apoiar nas quedas, mas que iludida: isso é coisa pra meia dúzia de
emancipada, filha. Essas mulheres aí que não cozinham, não passam, não lavam,
só evoluem, essas não são exemplo pra ninguém, são umas coitadas de umas
infelizes que pagam as contas e ainda se acham divertidas, se fazem de
inteligentes, querem bater perna em Nova York, pois vão arder no fogo do
inferno, vão amargar na solidão, vão se arrepender de ter lido aquela Simone de
Beauvoir, vão morrer abraçadas aos seus laptops, aqui se faz, aqui se paga,
escreve aí.
Tamo ferrada.
Por: Martha Medeiros
Um excelente domingo a todas.
Bjks
Mitchel
Oi querida lindo seu cantinho,tb tenho um blog quero te convidar pra conhecer e seguir.
ResponderExcluirJá estou te seguindo bjs carla.
http://rededemenina.blogspot.com/